Contexto atual: queda em meio a tensões geopolíticas
Nos últimos dias, o preço do Bitcoin caiu cerca de 4%, chegando a US$ 103 274 — muito acima dos US$ 60 000 vistos em anos anteriores, mas abaixo da alta recente de quase US$ 112 000 alcançada em maio. O principal motivo foi a escalada de tensões entre Israel e Irã, que desencadeou uma onda de aversão a ativos de risco.
Correlação entre Bitcoin, ações e ouro
Esse movimento ilustra como o Bitcoin está cada vez mais correlacionado com ativos tradicionais. A queda nas bolsas de valores americana (S&P 500) e a alta do ouro em 1,1% mostram que investidores estão migrando para ativos considerados mais seguros — e o Bitcoin ainda não se consolidou como “ouro digital” durante crises.
Avanço de ETFs e adoção institucional
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A GameStop anunciou a intenção de aumentar seus investimentos em Bitcoin, após adquirir BTC via emissão de bonds — ainda que seu papel despencasse 23% ao mesmo tempo .
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No Brasil, a fintech Meliuz levantou R$ 180 milhões para investir em Bitcoin, se tornando a primeira empresa nacional com “tesouro digital” próprio.
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Nos EUA, ETFs de Bitcoin estão ganhando força: já existem fundos como o IBIT da BlackRock na Europa e propostas de Truth Social na NYSE.
Mudança regulatória: caixa positiva (EUA, Europa, Ásia)
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EUA: força no Congresso com projetos como o CLARITY e aprovação de ETFs spot, e plano para estabelecimento de uma Reserva Estratégica de Bitcoin .
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Europa: implementação da regulação MiCA em 2024, agora resultando em maior certeza para investidores institucionais .
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Ásia: Hong Kong, Cingapura e Japão continuam liberando ETFs cripto sob supervisão; China segue mais restritiva .
Ciclo pós-halving: amadurecimento e nuovi patamares
Após o halving de abril de 2024, o Bitcoin entrou em um ciclo de alta, atingindo US$ 112 000 em maio de 2025 . Especialistas projetam que esse ciclo pode continuar até 2026, com metas entre US$ 150 000 e US$ 200 000, embora volatilidade ainda esteja presente .
Desleveraging: ajuste de posições e acumulação
Relatórios apontam um processo de “desleveraging”, com queda de US$ 10 bilhões no open interest desde início de ano. Isso sugere que posições alavancadas estão sendo fechadas, o que pode estabilizar o mercado e indicar uma base para futuros rallies — especialmente se ocorrer a retomada institucional.
Riscos que você deve considerar
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Volatilidade alta: movimentos de ±5% ao dia são comuns em momentos de tensão.
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Risco geopolítico: crises no Oriente Médio e tensões globais podem impactar o ativo.
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Risco regulatório: novas restrições, como em China, podem afetar o preço.
Oportunidades no atual cenário
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Instituições acumulando tornam o Bitcoin mais escasso e valioso.
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ETFs e reservas governamentais indicam maturidade e aceitação.
- Correção momentânea é vista por muitos como ponto de entrada estratégico.
Dicas práticas para você
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Avalie seu perfil: se é conservador, considere exposição moderada.
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Use DCA (investimento programado) para diluir o risco.
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Proteja uma parte da carteira com renda fixa ou reservas em stablecoins.
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Fique de olho em notícias e mudanças macroeconômicas — elas afetam o Bitcoin.